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Arco Interno – Parte 2

Você conhece os riscos de um arco interno?

Riscos do Arco Interno

Por liberar uma grande quantidade de energia em um curto espaço de tempo, o arco elétrico passou a fazer parte do grupo dos principais riscos envolvendo eletricidade, assim como o choque elétrico. A ocorrência do arco pode acarretar perdas materiais, como destruição total de painéis elétricos e impacto na receita da empresa por problemas de lucro cessante, além de consequências graves aos trabalhadores, inclusive levando-os a óbito.

 

A alta temperatura:

A alta temperatura envolvida em um arco elétrico é a principal causa de preocupação com esse fenômeno. No ponto de origem do arco, ela pode atingir aproximadamente 20.000 ºC, o que equivale a quatro vezes a temperatura de superfície do sol. Essa intensidade tem potencial para causar queimaduras de terceiro grau e alto índice de óbitos.

 

Os efeitos no corpo humano são graves porque, quando altas temperaturas incidem sobre a pele, as células morrem mais rapidamente. Por exemplo: com a pele a 44 ºC, o mecanismo que regula a temperatura corpórea começa a sofrer danos em aproximadamente 6 horas, podendo causar lesões às células se a exposição ultrapassar esse tempo. Entre 44 ºC e 51 ºC, a taxa de destruição das células duplica para cada acréscimo de 1 ºC. Acima de 51 ºC, torna-se extremamente rápida. Já uma temperatura de 70 ºC causa a destruição total das células em um segundo. Qualquer temperatura superior a 96 ºC por mais de 0,1 segundo causa queimaduras incuráveis.

 

Projeção de vapores metálicos tóxicos e projeção de metal fundido:

Podem provocar queimaduras (externas e internas) e intoxicação por inalação. Além disso, o material sólido e o metal derretido são expelidos para longe do arco em velocidades que podem exceder 1.200 km/h, o suficiente para que as partículas penetrem completamente no corpo humano.

 

Luz extremamente intensa:

O espectro de frequências do arco inclui uma grande proporção de radiação na zona dos raios ultravioletas, o que pode causar danos irreversíveis à retina ocular de um ser humano.

 

A onda de pressão:

As altas pressões geradas podem facilmente exceder centenas ou mesmo milhares de kgf/m², rompendo os tímpanos e causando danos aos pulmões dos trabalhadores. Os efeitos destrutivos dessas ondas de pressão, criadas pelo aquecimento e expansão térmica do ar e pela vaporização dos condutores metálicos, são conhecidos como “efeitos termoacústicos”. Os sons associados a essas pressões podem exceder 160 decibéis.

 

Pelo exposto acima, podemos ter:

  • Queimaduras;
  • Traumatismos cranianos;
  • Esmagamento dos pulmões;
  • Perda de membro;
  • Surdez;
  • Ferimentos resultantes de estilhaços;
  • Fraturas ósseas;
  • Cegueira;
  • Cataratas;
  • Morte.